REUNIÂO EM DEFESA DOS POVOS DE TERREIRO – PELA LIBERDADE DE CULTO E PELO FIM DO RACISMO RELIGIOSO
PELA PRESERVAÇÃO DE NOSSO PATRIMÔNIO E DE NOSSA ALIMENTAÇÃO
Há séculos nossa religião resiste à toda sorte de perseguição perpetrada até pouco tempo pelo próprio Estado e pelas leis, de que são exemplos a punição da feitiçaria com a pena de morte, a criminalização da capoeira, a proibição do uso de atabaques em nossas cerimônias e a exigência do pagamento de taxas e licenças em Delegacias de Polícia que vigorou até os anos setenta do século passado.
Nos nossos dias a intolerância prossegue manifestando-se por meio de programas televisivos e radiofônicos que diuturnamente propagam e incitam o ódio e a discriminação religiosa; ataques e invasões aos nossos templos; ofensas verbais e agressões físicas contra nossas comunidades, incluindo autoridades religiosas e crianças; recusa ao reconhecimento de direitos que a lei nos assegura; arbitrariedades de servidores públicos e professores que se valem de suas funções para humilhar e constranger nosso povo ocorrem todos os dias sem que o Poder público adote medidas concretas e eficazes.
Mas a história das Religiões Afro-brasileiras é também a história da preservação das tradições culturais, da resistência e do protagonismo contra a opressão e a intransigência, ao longo dos séculos e nas diversas regiões do território brasileiro.
Nesse contexto, os Terreiros Tombados da Bahia, reunidos através de uma Comissão formada em 2016 para monitorar a gestão de políticas de patrimônio e a execução de seus planos de salvaguarda, preocupados com o risco ao patrimônio cultural brasileiro e à sua soberania alimentar que se constitui o julgamento do Recurso Extraordinário n. 494601, que trata do abate religioso de animais, vem conclamar e convidar lideranças e autoridades do Candomblé e da Umbanda de todo o país para uma grande mobilização nacional capaz de sensibilizar os Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Num país em que 90% da população depende do abate comercial de animais para sua alimentação, emprego, renda, vestuário e inclusive medicamentos – como a insulina - não podemos admitir que certos segmentos religiosos e ambientalistas pretendam censurar tão somente o abate praticado por nossa Religião como também por judeus e muçulmanos.
Diferenciando-se da ação predatória e mercantilista do abate comercial, nossa religião respeita toda forma de vida, inclusive as plantas, tratadas não como objetos de consumo, mas como fonte de energia vital e de equilíbrio espiritual e orgânico. A alimentação de nossas comunidades está estreitamente vinculada a preservação de nossas tradições religiosas.
Devemos lembrar que cabe ao Estado brasileiro o dever de proteger o patrimônio cultural nacional e assegurar que todos os grupos possam expressar-se num ambiente de paz e harmonia, sem qualquer forma de discriminação ou violência.
Não haverá democracia no Brasil enquanto um único brasileiro for vítima de qualquer forma de discriminação em função de sua crença, ou de não ter crença alguma. Nossa tarefa, portanto, consiste em prosseguir lutando para que a ideia de cidadania e de democracia saiam do papel e sejam exercidas plenamente por todos os brasileiros(as).
Convidamos a todos para entender como tramita a ação no Supremo Tribunal Federal e assinarmos juntos o documento em defesa da liberdade de culto, pela preservação de nosso patrimônio e pelo fim do racismo religioso!!!
Convidamos a todos para entender esse processo e conhecer os argumentos de defesa. Contaremos com a participação do advogado de defesa da Ação, Ogã Dr. Hédio Silva Jr conforme cronograma a seguir:
Reunião dia 10\05\2015 no Município de Santo Amaro às 14 horas – Teatro Dona Canô no âmbito das comemorações da Edição de 128 anos do Bembé do Mercado
Reunião dia 11\05\2017 no Município de Salvador, às 17h no Auditório do Museu de Arte da Bahia, no Corredor da Vitória.
Participe! Convide seus filhos de Orixá, amigos e familiares. Juntos somos mais fortes e podemos derrubar a ação!
Ilê Axé Iyá Nassô Oká- Terreiro Casa Branca, Ilê Omi Axé Iyamassê -Terreiro do Gantois, Manso Banduquenque -Terreiro Bate Folha, Ilê Oxumaré Araká Axé Ogodô - Casa de Oxumaré, Terreiro Tumba Junsara, Terreiro do Ntumbesi, Ilê Axé Opô Afonjá, Ilê Maroialaji - Terreiro Alaketu, Terreiro do São Jorge da Goméia, Omo Ilê Agboulá, Ilê Odô Ogé-Terreiro Pilão de Prata, Nzo Nguzo Za Nkisi Dandalunda Ye Tempo- Terreiro Mokambo*
Colaboração e assessoramento do Centro Interdisciplinar de Gestão Social da Universidade Federal da Bahia-CIAGS, do Coletivo de Entidades Negras – CEN e do Advogado Prof. Dr. Hédio Silva Jr.
Cordialmente,
Comissão de Preservação e Salvaguarda dos Terreiros Tombados
terreirostombados@gmail.com
+55 71 991179530
10 de maio de 2017
9 de maio de 2017
8 de maio de 2017
Celebração dos 80 anos de iniciação de Mãe Xagui na Festa de Mutaloombô em São Paulo
de: http://inzotumbansi.org/
Esta Kizoomba (Festa) em Kikongo, uma das línguas faladas em Angola, África, é mais que um encontro de líderes de povos e comunidades tradicionais de matriz africana e pretende reunir dia 13 de maio de 2017 a partir das 22h00 religiosos de vários segmentos do candomblé e umbanda para celebração aos espíritos Ancestrais.
Leia matéria clicando aqui: Mãe Xagui
Esta Kizoomba (Festa) em Kikongo, uma das línguas faladas em Angola, África, é mais que um encontro de líderes de povos e comunidades tradicionais de matriz africana e pretende reunir dia 13 de maio de 2017 a partir das 22h00 religiosos de vários segmentos do candomblé e umbanda para celebração aos espíritos Ancestrais.
Leia matéria clicando aqui: Mãe Xagui
Reunião em defesa dos povos de terreiro
*Leiam com atenção e divulguem*
A Comissão de Preservação e Salvaguarda dos Terreiros Tombados, junto com o Coletivo de Entidades Negras e o CIAGS/UFBA, redigiram um documento em defesa das tradições dos povos de terreiro, tratando os riscos ao seu patrimônio cultural e à sua segurança alimentar que traz o julgamento da ação que tramita no STF sobre o abate religioso de animais (Recurso Extraordinário nº 494.601 – 7/210).
Entendendo que precisamos fortalecer a luta em defesa de nossos direitos, de nossas tradições culturais e da nossa soberania alimentar, convidamos todos os terreiros para conhecer o conteúdo do processo judicial, que será apresentado pelo advogado de defesa, Dr. Hedio Silva Jr, como também para contribuir e assinar o documento anexo que será apresentado a Ministra Carmen Lúcia e demais ministros do Supremo Tribunal Federal e que tem o propósito de explanar, na perspectiva dos povos de terreiros, a relação entre a sacralização de animais, a preservação de tradições religiosas e a segurança alimentar de nossas comunidades.
Esperamos contar com a presença de nossos irmãos e irmãs nos dias:
*10 de maio, as 14h no Teatro Dona Canô, em Santo Amaro/BA*
*11 de maio as 17h no Museu de Arte da Bahia, Corredor da Vitória, em Salvador.*
Os interessados em contribuir e/ou assinar o documento, podem fazê-los através do e-mail: *terreirostombados@gmail.com*
Precisamos juntos resistir e lutar pelos nossos direitos! Contra o racismo religioso e pela liberdade de culto! Axé! Aweto!
arte: Tata Nlundyandembo
4 de maio de 2017
Bembé do Mercado homenageia o Tumba Junsara
O Terreiro Tumba Junsara será homenageado, juntamente com os povos de Umbanda, nos tradicionais festejos do Bembé do Mercado, em Santo Amaro da Purificação, em maio de 2017. A festa acontece entre os dias 10 e 14 de maio. NGUNZU YE NGUNZU!
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